Ana da Conceição Jacinto Escola
Matemática humanista: um espaço de inclusão pedagógica
Participar no VEmHumanistas foi partilhar um espaço de liberdade, onde o confronto de ideias e de experiências, tornou este evento um modelo vivo do que é esperado da educação matemática humanista.
Ao usar um motor de busca para evidenciar a ideia concedida pelo senso comum à matemática, vimos eclodir imagens e representações, segundo Carlos Mathias (2020), de inumanidade, desumanidade e super humanidade. Importa por isso que o ensino da matemática inclua no seu cerne o aluno, os seus ritmos de aprendizagem e a diversidade de contextos culturais. O ensino e a aprendizagem da matemática devem, segundo Mathias (2020) incluir espaços de liberdade, onde o reconhecimento do erro pode configurar uma oportunidade de inclusão pedagógica e “acções pedagógicas formativas” (2020).
Ampliando a reflexão, Mathias (2020) traz ao debate a problemática da avaliação sumativa como ónus de conhecimento, de despersonalização e de marginalização discente. Desconectado do individuo sociocultural, este tipo de avaliação que impera sobre a avaliação formativa tem que mudar, pois a quantificação do conhecimento é, frequentemente, o passaporte para a exclusão. A matemática humanista carece de um ensino baseado na realidade, e que coexista numa vertente transdisciplinar e criativa, para que os alunos construam, simultaneamente, espaços de cidadania ativa.
Participar deste evento permitiu-me conhecer experiências que pretendo implementar na prática. Aprendi, clarifiquei ideias, questionei e repensei aspectos a aprofundar no contexto da matemática humanista que há muito abracei.
Mathias, Carlos. Palestra "o Etno dos Excluídos" proferida por Carlos Mathias no evento Vem Humanistas, Nov.2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7gD424wByZY
Mathias, Carlos. Debate sobre a Palestra "o Etno dos Excluídos" proferida por Carlos Matthias no evento Vem Humanistas, Nov.2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1jhk3XjLio4